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sábado, 7 de fevereiro de 2015
Criatura Nº 15: Cerberus/Cérbero
Cérbero é descrito tradicionalmente como tendo três cabeças (Dante, Inferno, canto VI), ainda que Hesíodo lhe tenha atribuído cinquenta.
Possuía cauda e dentes de serpente, os quais se estendiam ao longo do seu dorso (como se fossem cabeças de serpente sobre o mesmo). Como as Górgonas, o seu aspeto era tão terrível que todos os que para ele olhavam se transformavam em pedra. Quando a sua baba escorria da boca e caía ao chão, transformava-se num veneno violento, o acônito.
Tinha como função principal aterrorizar as almas que entrassem no reino dos mortos ou devorar todo e qualquer habitante desse reino do deus Hades (Infernos) que tentasse regressar ao mundo dos vivos. Mal surgiam novas sombras nos Infernos, Cérbero colocava-se junto delas, barrando-lhes o caminho de retorno ao mundo dos vivos. Apreciava apenas os mortais ainda vivos que tentavam penetrar no reino por ele guardado.
Orfeu, por exemplo, tentou encantá-lo com a sua música, tocando acordes na sua lira; a Sibila de Cumes, por seu lado, deu-lhe até um bolo encharcado em vinho envenenado, para conseguir fazer passar Eneias diante dele e entrar nos Infernos (Virgílio, Eneida, livro IV). Hércules também teve que se confrontar com este ser monstruoso das profundezas, mais precisamente no último dos seus doze trabalhos. Este desafio ao herói consistia, essencialmente, em subtrair Cérbero ao mundo inferior, uma tarefa nunca alcançada e por isso impossível de realizar. Para tal, contou com a permissão de Hades, o deus dos mortos, que, no entanto, não deixou de impor a Hércules uma condição: não usar armas para neutralizar o monstruoso canídeo, restringindo-se apenas à sua força. O herói dominou Cérbero agarrando-o com os seus braços e sufocando-o em seguida. Desta forma conseguiu Hércules trazer Cérbero até Micenas, tendo o aspeto daquele cão monstruoso terrificado Euristeu. Este, apavorado, e escondido atrás de uma jarra com medo do monstro, ordenou então a Hércules para que levasse Cérbero de novo para os Infernos.
Criaturas Nº 14: Minotaurus/Minotauro
O Minotauro é um dos personagens mais conhecidos da mitologia grega. Segundo o mito, o Minotauro era um ser com cabeça e cauda de touro e corpo de homem que habitou um labirinto na ilha de Creta.
O Minotauro teria nascido quando seu pai, futuro rei de Creta, fez um pedido ao deus dos mares, Poseidon. O pedido foi que ele, Minos, queria ser rei de Creta. Poseidon disse então que enviaria a Minos um touro dos mares e que esse animal deveria ser sacrificado como oferenda.
Quando o touro surgiu dos mares, Minos não teve coragem de sacrificar o animal, pois o achou muito lindo. Substituiu-o por um de seus touros esperando que Poseidon não notasse a diferença. Porém, Poseidon percebeu que fora enganado e decidiu castigar Minos. Decidiu não lhe tirar o trono. Poseidon fez com que a mulher de Minos, Pasífae se apaixonasse pelo touro, sendo que dessa união nasceu o minotauro.
Com medo e desprezo pelo “filho” de sua esposa, porém sem coragem para matá-lo, Minos mandou construir um labirinto abaixo de seu castelo para prender o Minotauro.
Anos depois, Minos derrotou Atena em uma guerra que lhe custou um dos filhos. Atena como vingança, ordenou que todo ano fossem enviados 7 moças e 7 rapazes atenienses para o labirinto.
Após 3 anos de sacrifícios, um jovem de nome Teseu decidiu enfrentar o Minotauro voluntariamente. Ao chegar ao palácio se apaixonou por uma das filhas do rei, Ariadne.
Ariadne, correspondendo a paixão de Teseu, entregou a ele uma espada mágica para matar o minotauro e também um novelo de lã para ele encontrar o caminho de volta. Teseu ficou algum tempo a procura do Minotauro, pois teve de ser cauteloso para não ser pego de surpresa.
Quando ele avistou o Minotauro atacando um dos atenienses, apunhalou-o por trás matando-o. Após isso Teseu resgatou os atenienses e voltou pelo caminho do novelo de lã para encontrar sua amada.
O Minotauro é uma das figuras mitológicas mais conhecidas e foi contada de geração por geração pra as crianças gregas aprenderem a sempre respeitar os deuses.
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